domingo, 12 de fevereiro de 2017

Paradoxo do DIREITO de não ter DEVER nenhum

Por Marco Gemaque

Paradoxo do DIREITO de não ter DEVER nenhum


País cheio de paradoxos. 
Lembro-me sempre do Paradoxo dos Gêmeos: Imaginar que dois gêmeos, ambos com 20 anos, um fica na Terra e outro vai morar no espaço sideral ou o astronauta. Para este o tempo passa lentamente e para aquele, o que fica na Terra, o tempo passa normal. Por exemplo, 50 anos, para o astronauta, passarão apenas 5 anos. Porém, para os que ficam aqui Terra, passarão os 50 anos.
Por analogia, os politicos brasileiros vivem com seus ganhos lá no espaço dos palácios flutuantes de Brasília, o reajuste vem todo ano. Agora, o povão  está com os pés bem fincados no chão com salário achatado pela gravidade do pezão da incompetência dos políticos como, por exemplo, o pezão dum tal de Pezão do Rio de Janeiro. Tem político mais emblemático e exemplificativo do que o Pezão para entender a Lei da Gravitação Universal da Incompetência da Política Brasileira?
 Seria interessante usar o modus aperandi do Pezão e de muitos políticos brasileiros como cobaia, colocando-o numa nave espacial programada apenas pra ida.
Aí sim, o Brasil poderia ter um verdadeiro Plano de Metas ou crescer 50 anos 5. Mas é difícil acreditar em Milagre Econômico, então que cresça 5 anos em 5.
Outro Paradoxo é o do DIREITO de não ter DEVER: os politicos se acham no DIREITO de reprimir as reinvidicações dos políciais militares, porém não cumprem com o DEVER da manutenção mínima de condições de trabalho ou, se quer, pagar o salário.  
E mais, Alexandre de Moraes um constitucionalista copilador - bom pra concurso pûblico - se acha no DIREITO de assumir a vaga no STF, porque é um cidadão de notório saber jurídico, no entanto, esquece-se do DEVER de não abandonar um cargo em que lhe foi confiado responsabilidade e comprometimento, trantando-se de um cargo de Ministro de Estado cuja função requer estes adjetivos e outros e, ainda mais, porque estamos vivendo a maior crise institucional da segurança pública - chacinas dentro de presídios, o caso do ES, refletindo em todo Brasil, etc.
Somos um País em que um cidadão se acha no DIREITO de despedir uma empregada por ela ter derramado sopa no tapete, mas, diariamente, ordenava-lhe o ofício de levar o cachorrinho de estimação da família para passear ou sujar as calçadas. O tal cidadão se acha no DIREITO disso e daquilo, mas se esquece do DEVER daquilo e disso (orientar o civismo) como o saqueador que grita pela falta de polícia, mas infringe a lei, saqueando um caminhão que tomba com mercadorias na estrada ou saqueia uma cidade sem policiamento.
Certamente, a livraria nunca é saqueada e é justamente no lugar em que veremos o DEVER limpando a sujeira deixada pelo DIREITO.