sábado, 14 de julho de 2018

Família, a melhor polícia à pedofilia



Por Marco Gemaque


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          Por ser uma das fases importantes ao desenvolvimento dos seres humanos, é axiomático entre especialistas: a infância é o embrião de quem seremos - entretanto muitas crianças tiveram suas pueris vidas roubadas. No Brasil, recrudescem, amiudadamente, os números de crianças que são vítimas de violência sexual ou assédios através das redes socias e, máxime, na "deepweb", lugar onde abastece a Web criminosa. 
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        Pela figura paterna que é cometida grande parte da violência sexual contra a criança e o adolescente, cujo dever ser-lhe-ia o de protegê-los. Por vezes, idem, é cometida por familiares próximos ou agregados. Em virtude disso, muitas vítimas sofrem caladas, porque, normalmente, a mãe evita denunciar o marido pedófilo, a fim de se lhe evitar a prisão ou por ameaças, a deixá-lo impune, a sobrar à vítima trauma psicológico gigantesco para uma criança carregar ou lidar com o processo natural, totalmente, dilacerado, difícil de emendá-lo: depressão, falta de autoestima, baixo rendimento escolar, etc. Diz o Atlas da Violência de 2018, estudo produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mapeou mais de 13 mil casos registrados de vítimas domésticas ou a casa é a cena do crime com 78,6% dos casos.
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         Redes sociais, via de regra, são bastante utilizadas pelos pedófilos, porém a deepweb, a Internet profunda, é a que lhes leva conteúdos criminosos através de contas fantasmas de computação em nuvem ( cloud computing): Dropbox, Skydrive, Google drivre, etc. Há também a relação íntima entre pré-púberes, na medida em que a democratização veloz da Web - em que quase todos têm acesso livre - avança para um labirinto impossível de se lho revelar o ponto de chegada, inclusive elas, com cuja Web têm muita familiaridade, usam-na, gravado pelos seus smartphones, para postar conteúdos eróticos com seus próprios corpos, à revelia das irresponsabilidades do pais ao deixá-las, a sós, à deriva nas suas infantilidades.

      No Brasil e no mundo, doméstico ou na Web, já existem esforços, por exemplo, as operações conjuntas entre as polícias federais de outros países e a Interpol, Polícia Internacional, como a Operação Save, em 2016, que descobriu várias pessoas com conteúdo pedófilo. E mais, dever-se-á o Estado - com seu cunho pedagógico e aparato, usá-los - acionar a mídia em geral e as modalidades de ensino, sobretudo, a fundamental para debater, a orientar, o crime e denunciá-lo através do Disque 100; Promotoria de Justiça da Vara da Infância e Juventude, Conselho Tutelar, etc. Pela internet, Safernet – Combate a pornografia infantil na internet no Brasil, www.safernet.org.br Central Nacional de denúncias de crimes cibernéticos – www.denunciar.org.br , etc. Pedófilos surgem de uma engrenagem complexa da mente humana, a esconder-se noutras engrenagens complexas: nas sombras dos corredores de casa ou nas sombras das infovias, logo se exige muito para combatê-los, a ser a família a melhor polícia.