sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Psicomanuelgrafando


Por Marco Gemaque














Vi ontem um bicho
Na imundície da praça dos três poderes
Catando a realidade entre os detritos federais.
( ora vestido com a toga, ora com vestes talares)
Quando criticava alguma coisa,
Não examinava nem pensava:
Engolia com voracidade a humildade, a honestidade, a ética
e escarrava-as com velocidade de uma flatulência a opinião cínica:
o outro nome da idéia naquelas praças-pátios.
O bicho não era um analfabeto congênito,
Não era um analfabeto funcional,
Não era um retardado.
(Este um mecanismo perfeitamente lúcido num país ensandecido.)
O bicho não era o representante do povo, era a sua causa.
O bicho, meu Deus, era um analfabeto doutoral.

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