sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O além-terra depois do além-mar

By Marco Gemaque


O além-terra depois do além-mar

Se há uma maneira de condenar a economia de um país, condene o sistema portuário dele. Há mais de 200 anos quando Dom João VI abriu os portos às nações amigas e começou um processo irreversível para a sobrevivência do Brasil. Na esteira desse cenário, há 50 anos surgiu uma das pedras principais do fenômeno da globalização: o contêiner. Em torno dessa caixa gravita a economia mundial.

Novas tecnologias surgem à logística de melhor carregar essa caixa mágica, ou escoar a produção em níveis nacional e, principalmente, internacional. A infraestrutura do porto precisa se adaptar a esse paradigma. A superestrutura, em rápidas mudanças, surge para otimizar o seu manuseio. Surge uma infoestrutura para auxiliar as outras estruturas. Há a necessidade do aumento da estruturas e, bem assim, a necessidade de aumentar fisicamente os portos ou estendê-los para além-terra: portos não estuarinos ou não abrigados. O modelo do porto, que se confunde com a área urbana com seus prédios neoclássicos, ficará para retroáreas: uma ponte entre o porto da além-terra ou de águas profundas. Dessa maneira, o urbano se beneficiará com a diminuição do impacto que o porto de moldes antigo causa na vida. E ganhará com aumento da mão de obra, logo dando a população dignidade, educação, poder de compra, etc. A natureza, mesmo sofrendo com um impacto na mudança de seu habitat, ganhará mais, pois investir na riqueza de um país através do meio ambiente que a cerca, a água, e aumentar a conscientização quanto ao seu uso.

Natureza, tecnologia e economia têm que coexistirem, a fim de diminuir o impacto sobre a realidade socioambiental. Logo, dentro dessa harmonia, o urbano usufruindo do porto direto ou indiretamente. Este, essencialmente, disciplina a desigualdade social deixada além-mar que o além-terra contribui: o porto de águas profundas.

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