quinta-feira, 23 de abril de 2009

“Ruibarbosiar”


De Marco Gemaque

“O Direito foi inventado para desarmar os espíritos” disse Montesquieu e, assim, este criou o Espírito das Leis. Agora, a nossa predisposição ao “barraquismo” está harmonizada: “são Poderes da União, dependentes e harmônicos dentro da nossa eterna vocação à baixaria, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Aquele homem culto, que fala alemão fluentemente, é o primeiro negro a assumir o mais alto cargo da justiça brasileira, onde reside o teto de nossa gerência moral, e deveria ser fã de um outro Barbosa: Rui. Aliás, Rui Barbosa deveria ser um verbo. O verbo “ruibarbosiar” que significaria, e além de muitos significados, saber que saber significa não saber. Esse verbo seria regular e com múltiplas transitividades: o primeiro que uma criança aprenderia na escola, qual o leite materno, a fim de levar pro resto de sua vida o verbo profilático para não adoecer a carne e, principalmente, o espírito.

Não se viu ali, na Suprema Corte, apenas um bate-boca típico de um botequim da esquina. O que aconteceu foi a “desruibarbosiação” das coisas: a incomensurável falta de modéstia. Barbosa “desruibarbosiado” ( o Joaquim) e o Gilmar Mendes apenas abriram as portas de uma percepção camuflada sob a toga do juridiquês e conveniências políticas. Não adianta política será o fio condutor de todos os poderes, e o homem é político por natureza, mesmo que analfabeto. Política é a arte de vender e vendem-se aparências, embora, às vezes, não se consiga disfarçar. A Corte deve ter pensado: “não colou essa, foi um descuido feio de vocês”. Outrossim, as futricas on-line entre Lewandowski e Cámen Lúcia em outros tempos verbais ( 2007), porém pessoas diferentes. Será que o poliglota está sentido sobre quem duvidava do seu “salto social”? Até quando Eros Grau ( Cupido) engolirá Lewandowski e Cámen Lúcia. Será que a pressão do Cupido ainda sobe?

Salve algumas exceções, mas Barbosa (o desruibarbosiado) e seus pares precisam conjugar este neologismo. Devem querê-lo e querer-lhe ou ruibarbosiá-lo e ruibarbosiar-lhe, pois “a inteireza do espírito começa por se caracterizar no escrúpulo da linguagem” como cantou certa Águia que hoje está em extinção.





5 comentários:

  1. Eu cheguei a ler o teu post que foi arrancado do blog do Rei Azedo.

    Aquela quantidade de gente que escreve é contratado por ele. Verifica que são todos anômimos, ou seja, há algumas pessoas e a munher dele (dona ronalda. Observa que a mesma pessoa, pois fica explícito o mesmo estilo: Viva Reinaldo, Rei Maravilhoso, o máximo... é o velho truque da massificação da propaganda... uma mentira dita mil vezes passa a ser verdade.

    Minha solidariedade!

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  2. Acho que o incidente foi causado pela grande quantidade de posts que aparecem por lá. Não acredito na teoria da contratação, pois não faria muito sentido e ele é, sem dúvida, um dos blogs mais lidos do país, por que não seria o mais comentado?

    Mas eu gostei do teu post. Diz muito do que estamos passando atualmente.

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  3. Bem, coloquei um comentário no penúltimo post do Reinaldo sobre o assunto e não foi retirado. Dá uma olhada lá!

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  4. O mais terrível do acontecido vem depois: a transformação de Joaquim em um Antônio Conselheiro ou num Zumbi dos Palmares. A dúvida sobre o quinto constitucional. As besteiras e xiitas tanto da esquerda como da direta. Cada um com a fome sexual do proselitismo. O 'etc e tal' fica até envergonhado disto.

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  5. Fala, açaizinho é marcelo do fórum da folha dirigida. Passo aqui pra perguntar qual a tua espctativa do dia 28. E participarás de algum discursão para o banco central?

    outra tomei um susto quando li esta tua crônica. Usas o lhe e o lo no verbo querer, ou seja, objeto indireto e direto. Este verbo assim como o verbo neológico admite a bitransitividade. obrigado pela aula!

    P.S posta uma redação para o tema cobrado pelo CESPE na prova de redação para especialista qualquer área.

    ATT

    Marcelo

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