quarta-feira, 13 de março de 2013

A LITERATURA MULTIDISCIPLINAR



A LITERATURA MULTIDISCIPLINAR

                                                                                                    De  Marco Gemaque 

               – Cabe, porventura, à literatura uma função social?
            Não há um contraponto em qualquer afirmação sem uma base multidisciplinar. Ou sem uma visão ampla de tudo que nos cerca. Erradamente, sempre há perguntas que levam a erradas respostas. Afinal, uma ótima resposta já começa com uma boa pergunta a ser respondida. Ou uma pergunta mais completa.
         Vamos a algumas perguntas erradas que geram respostas erradas: Cabe, porventura, ao colégio uma função pedagógica ?;  Cabe, porventura, à família  uma função pedagógica?; Cabe, porventura, à televisão uma função pedagógica  ? Cabe, porventura, à leitura uma função educacional ? (...) E, finalmente, cabe, porventura, à literatura uma função social?
            Ademais, na maioria das vezes, perguntas erradas geram respostas sectárias ou maniqueístas: Sim ou não; certo ou errado; é isto mesmo e basta ou não é isto e basta, etc. Ainda que a resposta seja em forma de uma tese com 2.000 palavras, ainda assim, o resumo, significará sim ou não, pois a essência da resposta ainda persiste em lembrar o passado ou  2.000 mil anos atrás.    
          Aliás, porventura, o dualismo ou maniqueísmo  limitou a humanidade a perguntas como: Deus existe ? O diabo existe ? Para aonde vamos ? Existe vida em outros planetas?, etc.
          Não obstante, essas perguntas foram feitas na época certa e no lugar certo: o antigamente ou quando o mundo era disciplinar demais ou “monodisciplinar”. Na época do antigamente, a filosofia era a única ciência: a panaceia para todos os males e a ciência terminaria no cartesianismo. Não haveria mais nada a ser descoberto ou todas as perguntas foram respondidas.  
         Perguntas maniqueístas e cartesianas incutiram, e incutem ainda, a humanidade a responder, respectivamente, respostas pré-históricas e respostas da idade das trevas.
           Nos dias de hoje, não posso ler ou criar algo, cujo tema é a coisificação do homem, sem analisar, por exemplo, os prós e os contras que a indústria automobilista trouxe para a humanidade. Os prós e os contras feitos à guisa multidisciplinar.
            Se eu destilar a esmo o sectarismo, como autor ou leitor, estou indo para um destino sem chegada, pois sem o avanço das grandes navegações, por exemplo, não estaria a navegar na Web nos dias atuais.
            Eis o ponto: se eu fizer uma pergunta multidisciplinar, eu terei um resposta multidisciplinar ou resposta com bom senso multidisciplinar.    
             Analogamente, uma resposta multidisciplinar é um motorista de um carro que olha para todos os lados, ou seja, sabe para aonde vai e de onde veio. Agora, uma resposta “monodisciplinar” é um motorista que olha somente para o retrovisor, não sabe para aonde vai. Sabe apenas de onde veio.
           Se a literatura, ou qualquer área do conhecimento, conjugar a sua importância com a importância do colégio  e família, com a importância da televisão e do livro ou leitura multidisciplinar, ela terá uma função social completa ou um motorista atento para todos os lados: sociocultural, psicossocial, sociopolítico, socioambiental (...) “sociomultidisciplinar”
            Então, a pergunta correta é “Cabe, porventura, à literatura multidisciplinar  uma função social?” Cabe. E a literatura multidisciplinar é um contraponto para a visão limitada da realidade sectária que, séculos por séculos, insiste em dirigir a nossa educação ou perguntar e responder por nós, pela educação atual.


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