domingo, 8 de dezembro de 2013

Partido do Determinismo Eleitoral Brasileiro (PDEB)

                                                                                                                         
Por Marco Gemaque

            Nos cinco últimos mandatos presidenciais, tivemos dois estilos políticos no Brasil: o gerencial (PSDB) e depois o messiânico e assistencialista (PT). O PSDB, representado por FHC, não enfatizou o assistencialismo e o PT, representado por Lula, acelerou o assistencialismo e mistificou a figura de líder salvador da pátria por ser pobre e semianalfabeto (a cara do Brasil). Agora, só um partido ou uma figura pode parar com o PT.
             Alguém entre o messiânico e o gerencial; alguém entre o pobre e o rico; alguém entre o socialdemocrata e social liberal...
            Alguém que não seja sociólogo ou que tenha lecionado na Universidade de Paris?; alguém que aprendeu tudo só escutando e que veio da pobreza extrema?; ou alguém que seja mulher e tenha lutado contra a ditadura?
             Nenhum desses; porém, um misto disso tudo e mais o ineditismo promissor ou o determinismo promissor eleitoral dentro da nossa democracia fragilizada pelo analfabetismo político: o de ser o primeiro índio no poder máximo da República? Não. O de ser o primeiro deficiente no poder máximo da República ? Não. O de ser o primeiro homossexual no poder máximo da República ? Ainda não. O de ser o brasileiro mais rico do mundo no poder máximo da República ? Não, Eike Batista “especulou-se” em pedacinhos. 

"Criança geopolítica observando o nascimento do homem novo" de Salvador Dalí


            E nós, brasileiros geopolíticos, observando o nascimento do presidente novo, ratificaremos nossa condição determinista, a parte mais virulenta do status quo, e, por conseguinte, quem sabe, pariremos mais um presidente determinista-político: poliglota, juiz, pobre, rico, inteligente e – com mais uma marca indelével do Determinismo Eleitoral Brasileiro – negro.
             Em 2000 não sei quando, o “partido” de Joaquim Barbosa: PDEB (Partido do Determinismo Eleitoral Brasileiro) cujo principal slogan recomendo: “Vote com a cabeça”.
            Aliás, votamos com os olhos, votamos com a cor da pele, votamos com o jeito de andar e se vestir, votamos com o fígado (Raiva), votamos com o intestino grosso (Fazer merda), votamos com o coração (Amor), votamos com as mãos, votamos (ou chutamos) com os pés... Votamos com todas as partes do corpo; porém, não votamos – com a única parte do corpo que deveríamos votar – com a cabeça.
             Votar com a cabeça é privilegiar todas as partes do corpo. Sem excluir ninguém: nem podre, nem rico; nem preto, nem branco; nem homo, nem heterossexual, etc. Não podemos votar em alguém só por ser pobre. Só por ser negro. Só por ser gay. Ou seja, só por ser o primeiro... e o Brasil não ri por primeiro e nem por último. 


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