Por Marco Gemaque
Ter cultura é ter respeito para com o passado, logo saber de aonde vem. Qual a nossa origem? Assim, cuidar para que o passado cultural viva no presente para perpetua-se ou o nascer da miscigenação. Que o diga o sincretismo religioso na Bahia: a vivência do Candomblé e do catolicismo sem intolerância, ainda que existiu no passado imposição desta sobre aquela.
Há de não esquecermos da crítica sobre culturas que pregam a violência infantil e ferem a dignidade humanidade, liberdade, usando como desculpa o véu da cultura, a de que sempre foi assim é sempre assim será conforme observamos uma parte da cultura muçulmana a praticar a extirpação dos clitóris a fim de tirar o prazer sexual das mulheres em nome do pudico. Outras que praticam o casamento infantil.
Demais, no mundo globalizado ligado por infovias, em que se cessaram, a rigor, todas as fronteiras, é intolerável fechar os olhos para culturas retrógradas, pois a informação está a um clique das pessoas, logo a um passo para ser denunciada e retirada do convívio dos bons costumes. Ê intolerável, dentro deste mesmo mote, usar a arte sem o freio do bom senso ou achar que fazer arte nos dar um cheque em branco para fazer tudo em nome da tal esculhambação de conceitos ou chocar o mundo a qualquer preço, não se importando se há faixa etária de idade ou apologia à pedofilia ou descobrimento do corpo sem um processo natural civilizatório.
Conhecer a cultura dos povos, costurada pelas suas respectivas artes milenares, é nos conhecer também ou saber de aonde viemos a fim de saber distinguir o certo do errado ou simplesmente abdicar da violência, intolerância, miséria cultural, arrogância, etc. Ou seja, abdicar dos institutos primários.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine!