domingo, 8 de fevereiro de 2009

Crise econômica não afeta a indústria naval do país dos remendos






By Marco Gemaque


“Quem perdeu o trem da história por querer
Saiu do juízo sem saber
Foi mais um covarde a se esconder
Diante de um novo mundo”
de Beto Guedes e Ronaldo Bastos

Crise econômica não afeta a indústria naval do País dos remendos

A Lei 9.611, regulamentada em 2000, desburocratizou a nossa logística portuária ? E agora, o operador de Transporte Multimodal se prepara para entrar na sua adolescência ? Parece que somos um País que caminha a passos cágados, logo sempre atrasado. A cabotagem, que poderia ser uma solução, tornar-se-á um problema. E neste barco, vem a bordo os outros segmentos e únicos possíveis: petróleo/gás e offshore. E estes seguimentos e a cabotagem parecia voarem com tecnologias dirigidas para pequenas embarcações. Só aparência de um imediatismo. Os nossos chipyards são parcos em técnicos voltados para grandes navios, logo não passamos das nossas costas. Mesmo nos áureos tempos da indústria naval brasileira, não alcançamos o comércio internacional.

Observamos esta manchete falseada: “Crise econômica a ver navios na indústria naval brasileira”. Esta notícia é uma síntese da nossa esquizofrenia política. Melhor seria essa manchete: “Crise econômica afeta a indústria naval brasileira, desemprego em massa”. Explico: em 2008, o presidente Lula encomendou 146 navios de apoio marítimo, 40 navios-sonda e 11 plataformas de petróleo, ainda que 28 navios desses navios serem construídos em chipyards brasileiros, ainda assim sem uma visão global nada adiantaria, sendo a navegação uma atividade internacionalizada. O investimento da nova frota é todo nacional, ou seja, um “protecionismo”, este de si mesmo dependente, típico de um País logístico-infantil. Porém, será que adiantaria uma mão-de-obra especializada pra construir um super post-panamax ou um twin pick?

E pra que servirá o PAC? Um penduricalho. Diga-se a propósito, se não fôssemos o País do carnaval, seriamos o País do penduricalho, todo emendado. Quase todos aqueles navios são financiados pelo FMM e PAC, seria propício aos tempos atuais se todos fossem financiados pelos Eikes Batistas. Logo, teríamos um porto Brazil - a crises propício e bem assentado como qualquer indústria moderna, ou porto-indústria - independente do assistencialismo: seja de Leis, seja de uma cesta básica. A multimodalidade, ao longo do tempo, vai ficar a ver navios, fechada às nações amigas, enquanto houver uma política de remendos no Brasil dos milagres de santos de pés de barro e barbudos de fóruns sociais. Vamos perder eternamente o navio da história por querer com estes piratas.

6 comentários:

  1. VOLTA AÇAIZINHO, ESTAMOS COM SAUDADES!!!!!!!!!!!!!!!!
    KATIA

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  2. Açai... cade vc... o grupo "google" está lá só pra te ver...

    Açai... cade vc... o grupo "google" está lá só pra te ver...

    Açai... cade vc... o grupo "google" está lá só pra te ver...

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  3. Voooolta para o reduto Açaizinho !!!
    Sentimos falta de vc, dos seus comentários...Suas redações...ah suas redações...!

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  4. Não conseguimos mais nos concentrar nas atividades cotidianas sem sua ilustre presença nas nossas caixas de mensagem, no grupo ANTAQ. Imploramos pelo vosso retorno Açai Zinho!!
    Saudades fraternais, todo o grupo!

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  5. Io açaizinho. Obrigada pela ajuda. Infelismente deixei em branco a redação. Uma sugestão: vou continuar estudando pra ANTAQ. E tu sabes muito sobre a area. Que tal colocar um blog hospedado no teu sobre portos?

    obrigada.

    Keller Francis

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  6. Valeu! como sempre falas. Eu também vou estudar pra Cearáportos e blog seria interessante.

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