Por Marco Gemaque
A “inteligência desta filósofa”
vai do Oiapoque ao Chaui, porém aquele começa na sua orelha direita e este
termina, ou nunca termina, na orelha esquerda em que se encerra, ou não se encerra, todo pensamento atrapalhado pelas
ideias caducas de um sistema fechado, atrasado, falido e entanque, o que me
lembra do belo poema "Rios sem discurso" de João Cabral de Melo Neto:
“ (...) estanque no poço dela mesma, / e
porque assim estanque, estancada; / e mais: porque assim estancada, muda, / e
muda porque com nenhuma comunica,/ porque cortou-se a sintaxe desse rio, / o
fio de água por que ele discorria. ”
Então, é assim o pensamento da
esquerda “intelectual” brasileira: uma faca de dois gumes só morfologia, não
dando nenhuma chance pra sintaxe ou pro além dos quatros cantos da cabeça em
que, se não ousar sair da dicotomia de si mesmo, não vive mas empoça.
“Filósofa” Marilena do Oiapoque
ao Chaui, não adianta fazer cultura se não abdicar dos instintos pré-históricos
antes, porque a arte, conforme Freud, é a melhor vacina contra os instintos mais
rasteiros.
Aliás, a expressão “o Brasil vai do Oiapoque ao Chui” não existe mais. Ela está ultrapassada, pois o Brasil vai, atualmente, do Caburaí ao Chuí. E o Monte Caburaí , nascente do rio Ailã, fica no município de Uiramutã, dentro do Parque Nacional do Monte Roraima. E ironia à parte, como disse o historiador Marco Antônio Villa “(...) Roraima é terra de bandido, não se referindo ao povo, mas aos políticos como Telmário Mota e esposa”.
Por isso o trocadilho, o Brasil
que a senhora, “epistemologicamente”, defende, vai, e é bem extenso ,de Marilena
de Caburaí ao Chui - de Telmário Mota ao Zé Dirceu; de Sarney ao Lula, etc.
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