Própolis e o verbo
"Abelha molda a colméiaTolentino o poema
Na milenar perfeição,
Ela se vale de imagens há milênios, Venn!
Ele de Machado, palavras!
Todo silogismo se encadeia
no poema-espacial que o Machado ferra: poema
Toda abelha é imortal.
Tolentino é abelha.
Logo, Tolentino é imortal "
Ela se vale de imagens há milênios, Venn!
Ele de Machado, palavras!
Todo silogismo se encadeia
no poema-espacial que o Machado ferra: poema
Toda abelha é imortal.
Tolentino é abelha.
Logo, Tolentino é imortal "
Minha homenagem ao poeta que acredita
que o verbo é o DNA do poema.
A abelha defende a sua colméia com própolis há milênios
e Tolentino defende a poesia com o verbo:
doce altamente terapêutico eterno.
La Muerte no es el final
Cuando la pena nos alcanza,
del compañero perdido.
Cuando el adiós dolorido,
busca en la fe su esperanza.
En tu palabra confiamos
con la certeza que Tú
ya le has devuelto a la vida,
ya le has llevado a la luz.
Ya le has devuelto a la vida,
ya le has llevado a la luz.
O Espírito da Letra, de Bruno Tolentino
Ao pé da letra agora, em minha vida
há a morte e uma mulher… E a letra dela,
a primeira, me busca e me martela
ouvido adentro a mesma despedida
outra vez e outra vez, sempre espremida
entre as vogais do amor… Mas como vê-la
sem exumar uma vez mais a estrela
que há anos-luz se esbate sem saída,
sem prazo de morrer na luz que treme?!
O monstro que eu matei deixou-me a marca
suas pernas abertas ante a Parca
aparecem-me em tudo: é a letra M
a da Medusa que eu amei, a barca
sem amarras, sem remos e sem leme…
-Tel qu'en lui-même enfin l'éternité le change - dizia Mallarmé
que o verbo é o DNA do poema.
A abelha defende a sua colméia com própolis há milênios
e Tolentino defende a poesia com o verbo:
doce altamente terapêutico eterno.
La Muerte no es el final
Cuando la pena nos alcanza,
del compañero perdido.
Cuando el adiós dolorido,
busca en la fe su esperanza.
En tu palabra confiamos
con la certeza que Tú
ya le has devuelto a la vida,
ya le has llevado a la luz.
Ya le has devuelto a la vida,
ya le has llevado a la luz.
O Espírito da Letra, de Bruno Tolentino
Ao pé da letra agora, em minha vida
há a morte e uma mulher… E a letra dela,
a primeira, me busca e me martela
ouvido adentro a mesma despedida
outra vez e outra vez, sempre espremida
entre as vogais do amor… Mas como vê-la
sem exumar uma vez mais a estrela
que há anos-luz se esbate sem saída,
sem prazo de morrer na luz que treme?!
O monstro que eu matei deixou-me a marca
suas pernas abertas ante a Parca
aparecem-me em tudo: é a letra M
a da Medusa que eu amei, a barca
sem amarras, sem remos e sem leme…
-Tel qu'en lui-même enfin l'éternité le change - dizia Mallarmé
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